Pobreza energética: Uma análise para os domicílios do Brasil rural e urbano
DOI:
https://doi.org/10.54766/rberu.v19i4.1182Palavras-chave:
Pobreza Energética, Logit multinomial, BrasilResumo
Este estudo propõe a construção de um Índice de Pobreza Energética Multidimensional (MEPI) para o Brasil, inspirado no método Alkire-Foster, com base nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc) de 2023. O índice integra dimensões como tipo de combustível utilizado, acesso à eletricidade, posse de eletrodomésticos essenciais e disponibilidade contínua do fornecimento de energia. Além de mensurar a incidência da pobreza energética, estimou-se um modelo logit multinomial para identificar fatores associados à probabilidade de um domicílio ser classificado em diferentes níveis de privação energética (não pobre, vulnerável, pobre e pobre severo). Os resultados apontam que 27% dos domicílios encontram-se vulneráveis, enquanto 0,83% vivenciam pobreza energética consolidada, com forte concentração nas áreas rurais. As chances de um domicílio rural ser pobre energético são cerca de 15 vezes maiores que as de um urbano. Renda, escolaridade, raça e arranjo familiar mostraram-se relevantes, indicando que a pobreza energética é um fenômeno multidimensional que reflete desigualdades socioeconômicas e territoriais. As evidências reforçam a necessidade de ações coordenadas entre setor público, setor privado e sociedade civil, reconhecendo que o enfrentamento da pobreza energética exige abordagens intersetoriais e sensíveis às particularidades locais.
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