MOBILIDADE PENDULAR NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE: UMA INVESTIGAÇÃO DOS DIFERENCIAIS DE RENDIMENTO DO TRABALHO

Autores

  • Danyella Juliana Martins de Brito CEDEPLAR/UFMG
  • Marcus Vinícius Amaral e Silva PPGEA/UFJF
  • Ana Maria Hermeto CEDEPLAR/UFMG

Palavras-chave:

Diferencial de rendimentos, Deslocamento pendular, Regressões quantílicas

Resumo

Os deslocamentos pendulares representam custos financeiros e de tempo. Assim, a realização de tais movimentos envolve características pessoais e relacionadas ao espaço territorial. A existência de desiguais padrões de demanda por trabalho nas distintas localidades possivelmente se reflete sobre os níveis de rendimento individuais. Utilizando microdados do Censo Demográfico de 2010 e métodos de decomposições de rendimento na média (Oaxaca-Blinder) e por quantil (Chernozhukov, Fernandez-Val e Melly), é conduzida uma análise do diferencial de rendimentos entre pendulares e não pendulares, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Os resultados evidenciam que os indivíduos pendulares recebem, em média, rendimentos do trabalho relativamente menores, quando comparados àqueles que não realizam tal deslocamento. A análise por quantil de renda mostra que os indivíduos pendulares possuem, em média, menor rendimento, comparativamente aos não pendulares, nos menores quantis de renda, indicativo de que o deslocamento pendular pode estar mais relacionado a uma questão de necessidade do que de escolha. Por outro lado, nos quantis superiores de renda, a situação se inverte, com os pendulares passando a obter maiores rendimentos.

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Publicado

2019-03-02

Como Citar

BRITO, D. J. M. de; AMARAL E SILVA, M. V.; HERMETO, A. M. MOBILIDADE PENDULAR NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE: UMA INVESTIGAÇÃO DOS DIFERENCIAIS DE RENDIMENTO DO TRABALHO. Revista Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos, [S. l.], v. 12, n. 4, p. 477–503, 2019. Disponível em: https://revistaaber.org.br/rberu/article/view/298. Acesso em: 21 dez. 2024.
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