Relação desigualdade-renda no Brasil e em suas regiões: hipóteses da curva de Kuznets e do “N” para indicadores municipais em múltiplas dimensões
Palavras-chave:
Desigualdade multidimensional, Crescimento econômico, Dados em painelResumo
Pobreza e desigualdade são fenômenos multidimensionais. Considerando esse argumento e as informações dos municípios brasileiros de 2000 e 2010, os objetivos do presente estudo foram: avaliar a existência de desigualdades em outras dimensões, além da renda, e investigar suas respectivas dinâmicas em função do nível de renda per capita. Para tanto, foram calculados indicadores municipais de desigualdade em “múltiplas dimensões” e testadas três hipóteses: i) desigualdades nas dimensões trabalho, educação, saúde, habitação e mobilidade urbana seriam correlacionadas à distribuição da renda, mas esta não seria o único determinante; ii) as relações entre os indicadores de desigualdade e o crescimento econômico teriam o formato de um “U-invertido”, como advoga a hipótese da Curva de Kuznets (CK); ou iii) o formato próximo a um “N”, conforme defendem trabalhos mais recentes que contestam a CK. As hipóteses foram testadas por meio de análises descritivas e, principalmente, estimações econométricas em painel e cross-section. Os resultados, no geral, corroboraram a primeira e a terceira hipóteses, sinalizando que o crescimento econômico nem sempre é equitativo e que a desigualdade é um fenômeno multidimensional.
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