CAPITAL HUMANO NAS REGIÕES DO BRASIL: QUANTIDADE OU QUALIDADE?
Resumo
As contribuições recentes da literatura econômica sugerem que o capital humano deve ser avaliado por medidas multidimensionais, incluindo aspectos quantitativos e qualitativos. Utilizando técnicas de Análise Fatorial, este estudo propõe uma medida para a qualidade de capital humano, além de empregar uma variável proxy usual para o aspecto quantitativo. Em especial, ambas são capazes de acompanhar a acumulação de capital humano da população desde a infância até a idade adulta. Em seguida, realiza-se uma análise espacial da qualidade e da quantidade de estoque de capital humano em nível de microrregiões do Brasil, entre 2009 e 2014. Os resultados permitem desenhar o mapa de distribuição do capital humano no território nacional, sugerindo a existência de fortes disparidades regionais: Sul e Sudeste apresentam elevada quantidade associada à alta qualidade; Norte e Nordeste, em geral, apresentam estoques inferiores em termos quantitativos e qualitativos, embora algumas microrregiões possuam maior quantidade que não é acompanhada pelo acréscimo da qualidade; e Centro-Oeste apresenta níveis intermediários e altos de quantidade, enquanto a qualidade é apenas intermediária. Portanto, as localidades com alta quantidade de capital humano não necessariamente apresentam também elevada qualidade (vice-versa). Do ponto de vista de mudanças ao longo do período, em geral, verifica-se que ocorreu uma leve melhoria nos níveis de capital humano no país, principalmente no aspecto quantitativo.Downloads
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Publicado
2017-03-30
Como Citar
SARAIVA, M. V.; LOBO E SILVA, C. E.; FRANÇA, M. T. A. CAPITAL HUMANO NAS REGIÕES DO BRASIL: QUANTIDADE OU QUALIDADE?. Revista Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos, [S. l.], v. 11, n. 1, p. 111–132, 2017. Disponível em: https://revistaaber.org.br/rberu/article/view/186. Acesso em: 21 nov. 2024.
Edição
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Artigos
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